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Educação:
Posted by Monk
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07:31
Mais uma faculdade no Distrito Federal terá que rever curso de Direito.
Devido ao desempenho ruim de alunos de Direito no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nova lista com 23 instituições de ensino superior que terão que reduzir o número de vagas nas faculdades. Essa é a segunda etapa do processo readequação das instituições de ensino imposto pelo órgão, que teve início em janeiro deste ano. Até agora, foram notificadas 29 faculdades. O objetivo do MEC é tentar elevar a qualidade do ensino. Dos 23 cursos listados na última relação divulgada, apenas a Universidades Paulista (Unip) é de Brasília. Agora são três faculdades no Distrito Federal que terão que se adequar às medidas exigidas pelo órgão. O Centro Universitário Euro-Americano (Unieuro) e a União Educacional do Planalto Central (Uniplac) estavam na relação publicada em janeiro. De acordo com o MEC, os protocolos assinados pelas faculdades de Direito contêm medidas específicas para cada instituição. A reportagem tentou entrar em contato com o representante da Unip para saber quais serão os procedimentos adotados, mas não obteve resposta. Segundo a Coordenação Geral de Orientação e Regulação de Educação Superior do MEC, a faculdade ainda não assinou o termo de compromisso. A instituição tem até próxima semana para entrar em acordo com o ministério. No início do ano, os 29 cursos de Direito assinaram o documento, que previa, entre outros pontos, o corte de seis mil vagas. O Unieuro, por exemplo, teve que diminuir em quase 50% o número de vagas oferecidas. Já a Uniplac se comprometeu a diminuir em 20% as vagas. As instituições também adotaram outras ações para melhorar qualidade do curso, como a melhoria do perfil do corpo docente, revisão do projeto pedagógico, além da organização de acervos. De acordo com a Secretária de Educação Superior do MEC, neste segundo momento, o total de vagas reduzidas deve chegar a cerca de 13 mil. A medida faz parte da supervisão anunciada pelo órgão em outubro do ano passado. O alvo são 80 cursos de Direito que registraram notas abaixo de três no Enade. Se não assinarem os termos de compromisso com o Ministério, as instituições podem sofrer processos administrativos. Há ainda outros 28 cursos que estão sendo analisados. A previsão é de que ao final de todo o processo, o número de vagas ofertadas diminua em mais de 25 mil nos cursos de Direito em todo o País. A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Estefânia Viveiros, é a favor das medidas adotadas pelo MEC. Ela acredita que com a parceria entre a OAB e o Ministério, a qualidade do curso nas faculdades pode melhorar. “A falta de fiscalização tem refletido na queda de ensino jurídico do país. A gente pode enxergar isso nos resultados nos exames de ordem, que apresentam baixo índice de aprovação”, afirmou. Resultado Na quarta-feira (26), foi divulgado o resultado do último Exame de Ordem de 2007. Dos 2.269 inscritos no DF, apenas 817 foram aprovados. Os números representam um índice de aprovação geral de 36%, dentro da média histórica de 30%. No entanto, a estatística é preliminar, uma vez que os resultados podem sofrer mudanças após a interposição dos recursos. No relatório final do 2º Exame da Ordem do ano passado, as três instituições notificadas pelo MEC tiveram índices de reprovação acima de 70%. Segundo a presidente da OAB-DF, com o número de aprovados, é possível ter noção de como está o ensino jurídico nas instituições. “Ainda mais agora que o exame é praticamente o mesmo em todo o país”, comentou. Desde janeiro do ano passado, o exame é unificado, com conteúdos e datas de provas idênticos em quase todo o Brasil. “Antes as provas eram diferentes e não refletiam tão diretamente. O resultado é um elemento concreto para essa avaliação”, afirmou. De acordo com a presidente, o grande número de intuições pode ser uma das razões para o baixo índice. Para Estefânia Viveiros, a qualidade no ensino não está acompanhando a velocidade em que surgem os novos cursos. “Há 14 anos tínhamos apenas três faculdades no DF. Hoje são 23. Sempre que uma nova instituição presta pela primeira vez o Exame da Ordem, conseqüentemente o numero de aprovação diminui”, explicou. Para ela, a fiscalização do MEC resultará em um benefício para a sociedade. “Ganham todos. Não só os profissionais que terminarão o curso mais bem qualificado, como a sociedade que terá um melhor serviço prestado pelos profissionais”, conclui.
Fonte: Correio web
Devido ao desempenho ruim de alunos de Direito no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nova lista com 23 instituições de ensino superior que terão que reduzir o número de vagas nas faculdades. Essa é a segunda etapa do processo readequação das instituições de ensino imposto pelo órgão, que teve início em janeiro deste ano. Até agora, foram notificadas 29 faculdades. O objetivo do MEC é tentar elevar a qualidade do ensino. Dos 23 cursos listados na última relação divulgada, apenas a Universidades Paulista (Unip) é de Brasília. Agora são três faculdades no Distrito Federal que terão que se adequar às medidas exigidas pelo órgão. O Centro Universitário Euro-Americano (Unieuro) e a União Educacional do Planalto Central (Uniplac) estavam na relação publicada em janeiro. De acordo com o MEC, os protocolos assinados pelas faculdades de Direito contêm medidas específicas para cada instituição. A reportagem tentou entrar em contato com o representante da Unip para saber quais serão os procedimentos adotados, mas não obteve resposta. Segundo a Coordenação Geral de Orientação e Regulação de Educação Superior do MEC, a faculdade ainda não assinou o termo de compromisso. A instituição tem até próxima semana para entrar em acordo com o ministério. No início do ano, os 29 cursos de Direito assinaram o documento, que previa, entre outros pontos, o corte de seis mil vagas. O Unieuro, por exemplo, teve que diminuir em quase 50% o número de vagas oferecidas. Já a Uniplac se comprometeu a diminuir em 20% as vagas. As instituições também adotaram outras ações para melhorar qualidade do curso, como a melhoria do perfil do corpo docente, revisão do projeto pedagógico, além da organização de acervos. De acordo com a Secretária de Educação Superior do MEC, neste segundo momento, o total de vagas reduzidas deve chegar a cerca de 13 mil. A medida faz parte da supervisão anunciada pelo órgão em outubro do ano passado. O alvo são 80 cursos de Direito que registraram notas abaixo de três no Enade. Se não assinarem os termos de compromisso com o Ministério, as instituições podem sofrer processos administrativos. Há ainda outros 28 cursos que estão sendo analisados. A previsão é de que ao final de todo o processo, o número de vagas ofertadas diminua em mais de 25 mil nos cursos de Direito em todo o País. A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Estefânia Viveiros, é a favor das medidas adotadas pelo MEC. Ela acredita que com a parceria entre a OAB e o Ministério, a qualidade do curso nas faculdades pode melhorar. “A falta de fiscalização tem refletido na queda de ensino jurídico do país. A gente pode enxergar isso nos resultados nos exames de ordem, que apresentam baixo índice de aprovação”, afirmou. Resultado Na quarta-feira (26), foi divulgado o resultado do último Exame de Ordem de 2007. Dos 2.269 inscritos no DF, apenas 817 foram aprovados. Os números representam um índice de aprovação geral de 36%, dentro da média histórica de 30%. No entanto, a estatística é preliminar, uma vez que os resultados podem sofrer mudanças após a interposição dos recursos. No relatório final do 2º Exame da Ordem do ano passado, as três instituições notificadas pelo MEC tiveram índices de reprovação acima de 70%. Segundo a presidente da OAB-DF, com o número de aprovados, é possível ter noção de como está o ensino jurídico nas instituições. “Ainda mais agora que o exame é praticamente o mesmo em todo o país”, comentou. Desde janeiro do ano passado, o exame é unificado, com conteúdos e datas de provas idênticos em quase todo o Brasil. “Antes as provas eram diferentes e não refletiam tão diretamente. O resultado é um elemento concreto para essa avaliação”, afirmou. De acordo com a presidente, o grande número de intuições pode ser uma das razões para o baixo índice. Para Estefânia Viveiros, a qualidade no ensino não está acompanhando a velocidade em que surgem os novos cursos. “Há 14 anos tínhamos apenas três faculdades no DF. Hoje são 23. Sempre que uma nova instituição presta pela primeira vez o Exame da Ordem, conseqüentemente o numero de aprovação diminui”, explicou. Para ela, a fiscalização do MEC resultará em um benefício para a sociedade. “Ganham todos. Não só os profissionais que terminarão o curso mais bem qualificado, como a sociedade que terá um melhor serviço prestado pelos profissionais”, conclui.
Fonte: Correio web