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Educação:
Posted by Monk
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19:00
Escolas públicas terão máquinas de distribuição de camisinhas
O projeto da máquina foi desenvolvido pelos estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (Cefet-SC). Eles venceram um concurso nacional proposto pelos ministérios da Saúde e da Educação no ano passado para desenvolver os equipamentos. Participaram do projeto seis alunos de três cursos diferentes: Radiologia, Design de Produto e Automação Industrial.
A instituição catarinense se propôs a fabricar 200 máquinas. O restante seria produzido pelo Cefet da Paraíba, segundo colocado no concurso. Cada máquina custará R$ 400, cerca de 40% a menos do que o valor cobrado no mercado internacional.
Os estudantes de cada área ficaram responsáveis pelo desenvolvimento de uma parte do projeto. Os alunos de Automação Industrial ficaram responsáveis pelos componentes eletrônicos da máquina, a área de Design cuidou do desenho e da estética do produto. Já a área de Radiologia foi responsável pelas propostas educativas e de capacitação do pessoal que vai trabalhar com o equipamento.
Contras e favoráveis
A Igreja Católica não é favorável a utilização das máquinas. Para o Padre Ricardo Hoepers o que está acontecendo é uma banalização da sexualidade. Segundo ele, o projeto pode contribuir para um maior uso da camisinha, mas não para uma sexualidade sadia e preventiva. “É muito importante que todos se conscientizem de que a camisinha pode evitar que se contraia o vírus, mas não soluciona a raiz do problema: uma mentalidade sexual reduzida ao nível do descartável”, explica.
O presidente do Centro Paranaense da Cidadania, Igo Martini, que trabalha com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, é favorável à iniciativa. Segundo ele, as máquinas vão auxiliar no trabalho de orientação sexual que já é feito nas escolas. “Muitas vezes os adolescentes ficam tímidos na hora de buscar o preservativo na secretaria das escolas. Principalmente as meninas, que sofrem mais preconceito”, afirma.
Martini acredita que o equipamento não incentiva a pratica de sexo entre os adolescentes, porque muitos já são sexualmente ativos. “A televisão, as revistas também estimulam o sexo e ninguém é contra. Acho que no caso da máquina é estimulo ao sexo seguro”, relata. Martini é favorável a instalação das máquinas não só nas escolas, mas em locais públicos como terminais e pontos de ônibus.
Pesquisa com alunos
Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 135 escolas públicas de 33 municípios do país, com jovens de 13 a 24 anos, representando 102 mil alunos, identificou que 89,5% dos estudantes ouvidos consideram a disponibilização de preservativos nas escolas como sendo uma "idéia legal". O Ministério informa ainda que 65% dos pais ouvidos também aprovaram a iniciativa.
Ainda de acordo com o governo, "apenas" 5,1% dos alunos, 6,7% dos professores e 12% dos pais pesquisados acham que essa não é a função da escola. A pesquisa identificou ainda que 47% dos estudantes pesquisados já têm vida sexual ativa. Segundo o levantamento, 9,7% dos alunos disseram não ter dinheiro para comprar camisinha.
O anúncio da produção das máquinas foi feito durante o Congresso Brasileiro de Prevenção às DST e Aids, que acontece em Florianópolis até sábado (28).
O Ministério da Saúde vai investir cerca de R$ 160 mil na produção de 400 máquinas de distribuição gratuita de camisinhas, que serão instaladas em escolas públicas de todo país. O anúncio do início da fabricação do equipamento foi feito pelo ministro da saúde, José Gomes Temporão, nesta quinta-feira (26). As máquinas devem estar prontas para o início do ano letivo de 2009. Ainda não estão definidas quantos equipamentos serão enviados para o Paraná, nem quais escolas vão recebê-las.
De acordo com o professor, Mario Lucio Roloff, coordenador do projeto, ficará a critério de cada escola definir a quantidade de preservativos que será disponibilizada para cada aluno. “Isso vai variar conforme a região do país. Será preciso definir critérios levando em consideração as características da população daquela região”, explica. Roloff conta que eles trabalharam com uma média de consumo de seis a oito preservativos semanais por aluno.
“Não é só colocar a máquina lá e deixar. É preciso que os professores trabalhem a educação sexual com os alunos”, explica Roloff. O professor diz que a máquina é de fácil instalação e manutenção. A capacidade é para até 600 preservativos, que serão distribuídos gratuitamente. Na parte da frente, a máquina possui um painel digital aonde o aluno vai digitar uma senha e receberá as camisinhas.
De acordo com o professor, Mario Lucio Roloff, coordenador do projeto, ficará a critério de cada escola definir a quantidade de preservativos que será disponibilizada para cada aluno. “Isso vai variar conforme a região do país. Será preciso definir critérios levando em consideração as características da população daquela região”, explica. Roloff conta que eles trabalharam com uma média de consumo de seis a oito preservativos semanais por aluno.
“Não é só colocar a máquina lá e deixar. É preciso que os professores trabalhem a educação sexual com os alunos”, explica Roloff. O professor diz que a máquina é de fácil instalação e manutenção. A capacidade é para até 600 preservativos, que serão distribuídos gratuitamente. Na parte da frente, a máquina possui um painel digital aonde o aluno vai digitar uma senha e receberá as camisinhas.
Projeto é catarinense
O projeto da máquina foi desenvolvido pelos estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (Cefet-SC). Eles venceram um concurso nacional proposto pelos ministérios da Saúde e da Educação no ano passado para desenvolver os equipamentos. Participaram do projeto seis alunos de três cursos diferentes: Radiologia, Design de Produto e Automação Industrial.
A instituição catarinense se propôs a fabricar 200 máquinas. O restante seria produzido pelo Cefet da Paraíba, segundo colocado no concurso. Cada máquina custará R$ 400, cerca de 40% a menos do que o valor cobrado no mercado internacional.
Os estudantes de cada área ficaram responsáveis pelo desenvolvimento de uma parte do projeto. Os alunos de Automação Industrial ficaram responsáveis pelos componentes eletrônicos da máquina, a área de Design cuidou do desenho e da estética do produto. Já a área de Radiologia foi responsável pelas propostas educativas e de capacitação do pessoal que vai trabalhar com o equipamento.
Contras e favoráveis
A Igreja Católica não é favorável a utilização das máquinas. Para o Padre Ricardo Hoepers o que está acontecendo é uma banalização da sexualidade. Segundo ele, o projeto pode contribuir para um maior uso da camisinha, mas não para uma sexualidade sadia e preventiva. “É muito importante que todos se conscientizem de que a camisinha pode evitar que se contraia o vírus, mas não soluciona a raiz do problema: uma mentalidade sexual reduzida ao nível do descartável”, explica.
O presidente do Centro Paranaense da Cidadania, Igo Martini, que trabalha com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, é favorável à iniciativa. Segundo ele, as máquinas vão auxiliar no trabalho de orientação sexual que já é feito nas escolas. “Muitas vezes os adolescentes ficam tímidos na hora de buscar o preservativo na secretaria das escolas. Principalmente as meninas, que sofrem mais preconceito”, afirma.
Martini acredita que o equipamento não incentiva a pratica de sexo entre os adolescentes, porque muitos já são sexualmente ativos. “A televisão, as revistas também estimulam o sexo e ninguém é contra. Acho que no caso da máquina é estimulo ao sexo seguro”, relata. Martini é favorável a instalação das máquinas não só nas escolas, mas em locais públicos como terminais e pontos de ônibus.
Pesquisa com alunos
Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 135 escolas públicas de 33 municípios do país, com jovens de 13 a 24 anos, representando 102 mil alunos, identificou que 89,5% dos estudantes ouvidos consideram a disponibilização de preservativos nas escolas como sendo uma "idéia legal". O Ministério informa ainda que 65% dos pais ouvidos também aprovaram a iniciativa.
Ainda de acordo com o governo, "apenas" 5,1% dos alunos, 6,7% dos professores e 12% dos pais pesquisados acham que essa não é a função da escola. A pesquisa identificou ainda que 47% dos estudantes pesquisados já têm vida sexual ativa. Segundo o levantamento, 9,7% dos alunos disseram não ter dinheiro para comprar camisinha.
O anúncio da produção das máquinas foi feito durante o Congresso Brasileiro de Prevenção às DST e Aids, que acontece em Florianópolis até sábado (28).
Fonte: Gazeta do Povo