AVC: perigo para as mulheres
O AVC afeta, principalmente, idosos acima de 65 anos, mas também pode se manifestar em jovens, por isso todos "precisam estar alerta", diz o médico Pedro Navarrete, Chefe de Medicina Intensiva do Hospital Virgem de Las Nieves, de Granada (sul da Espanha). Saber detectar os sintomas da doença a tempo pode fazer a diferença entre a vida e a morte. O acidente vascular cerebral é uma patologia que chega de repente e aplicar um tratamento nas primeiras horas se torna crucial. No entanto, o alerta não está sempre aceso. "Às vezes os pacientes não reconhecem os sintomas como algo muito grave porque não costuma haver dor", assinala o doutor Masjuán. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC representa a terceira causa de morte no mundo ocidental e a segunda de invalidez. A cada seis segundos, o AVC mata uma pessoa e a cada segundo seguinte ataca outra. "O AVC é a principal causa de incapacidade e dependência no adulto", afirma o médico Jaime Masjuán, coordenador da Unidade de AVC do Hospital Ramón e Cajal, de Madri. As doenças cerebrovasculares agudas, também conhecidas como AVC, se transformaram em um grave risco para a saúde da mulher. Trata-se da principal causa de morte do sexo feminino na Espanha, onde a cada ano tira a vida de 18 mil mulheres, indica o médico Jaime Masjuán, coordenador da Unidade de AVC do Hospital Ramón e Cajal, de Madri. "O AVC afeta mais a mulher porque seu tempo de vida é maior que o dos homens, já que as pessoas do sexo masculino costumam morrer antes vítimas, principalmente, de infartos do miocárdio", explica o doutor Masjuán. "No homem o AVC é mais frequente, mas o problema é mais grave em idades avançadas", afirma o neurologista. Devido a maior longevidade das mulheres, a doença se transforma "em causa de morte para elas".