Combustível mais barato no entorno:

Combustível mais barato no entorno atrai motoristas

À margem da BR-060, principal ligação com Goiânia, o preço da gasolina chega a ser R$ 0,26 mais barato que no Distrito Federal: R$ 2,49, o litro. O álcool custa R$ 1,49. Em um posto de Alexânia (GO), a economia tem atraído motoristas de Brasília. “Eles trazem o barril, enchem e levam. Inclusive, tem até um deles que mexe com energia em Brasília. Ele diz que fazendo essa rota, vindo comprar o combustível aqui, ele economizava R$ 200”, diz o frentista Marcelo Moreira. Os postos no Distrito Federal estão com preços acima de R$ 2,70. O álcool na capital federal chega a R$ 2,02, ou seja, R$ 0,53 mais caro que em Alexânia. “Estou achando um absurdo, porque se você for para o Entorno o álcool é mais barato. Fui para Goiânia na semana passada e abasteci por R$ 1, 35”, conta o taxista Ítalo Araújo. O presidente do Sindicato dos Postos do DF disse que não sabe porque os preços são menores no Entorno. Ele acredita que a sonegação de impostos pode ser uma explicação para que os empresários goianos façam ofertas mais baixas. O presidente do Sindicato dos Postos de Goiás reconhece essa possibilidade. Mas lembra de que apenas dois estabelecimentos em Goiânia e dois em Anápolis foram autuados na última fiscalização da Agência Nacional do Petróleo. Para o economista Roberto Pisciteli, a sonegação de impostos não explica tudo. Num estudo feito há menos de um ano, ele constatou que a média de preços em Brasília tem o menor desvio padrão entre as cidades monitoradas pela ANP. Isso significa que as diferenças entre os postos daqui são as menores. “Evidentemente no Distrito Federal o cartel é mais forte, esse setor está mais concentrado por uma população de alta renda e com um número expressivo de veículos por habitante. Isso é o que ajuda a explicar a manutenção, a resistência na redução de preços”, afirma o economista. “Brasília quando decide aumentar o preço da gasolina vai mesmo. Eles sobem, fazem o que querem. Realmente, fica muito difícil”, reclama o engenheito civil Francisco Placeres. “Eu só ando 15 dias por mês de carro, não dá para andar todo dia, haja combustível e dinheiro”, comenta o administrador Cristiano da Silva.

Fonte: globo.com

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