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Games:

Posted by Monk on 21:57
Especialistas em games condenam proibição de títulos no Brasil
Jogos banidos no país ainda são oferecidos em feiras e LAN houses. Para alguns especialistas, solução está na classificação etária dos jogos.



Ainda é possível encontrar em feiras e LAN houses jogos proibidos no início do ano pela Justiça brasileira, como "Counter-Strike", "Everquest" e “Bully”. Os títulos foram banidos sob acusação de estimularem a violência, e a Justiça ainda considera a proibição de outros games. Especialistas ligados à área de jogos digitais, no entanto, são contra esse tipo de determinação.
Defensor da proibição, o procurador da República de Minas Gerais Fernando de Almeida Martins afirma que “os técnicos confirmaram o fato de que realmente o jogo, principalmente para crianças e adolescentes, traz uma série de problemas de deturpação psicológica para o jogador. Eventualmente, em alguns casos, pode levar até ao cometimento de crimes, assassinatos”, disse. Já para Silvio Meira, especialista em engenharia para a criação de videogames, a discussão é outra. “O problema não é se o jogo é violento ou não. O problema é se você consegue separar que o jogo é um jogo e a vida a ser vivida aqui fora, neste mundo de carne e osso, é parte daquilo ou não”, explicou ele, que é também professor de Informática da Universidade Federal de Pernambuco. Nessa mesma linha, o professor de informática Bruno Feijó, da PUC/Rio e da Uerj, afirmou que a proibição não é apenas preconceituosa, mas ineficaz: “ela não tem meios de controlar o acesso, o uso desse conteúdo digital nas suas várias formas, não só o game”. Mas se proibir não dá certo, qual seria a solução? Silvio Meira citou a classificação indicativa dos games, que vem sendo bastante eficaz nos Estados Unidos, na Europa e em outros lugares. “Não há nenhuma razão pela qual não possa ser no Brasil”, acredita.
Para o estudante Guilherme Giacomini, a proibição dos jogos tira a liberdade de expressão de muitas pessoas, principalmente dos adultos. Assim como Silvio Meira, ele defendeu a implementação da classificação para os jogos. “O objetivo não é proibir os jogos para os menores, mas orientar os pais para eles saberem o que estão deixando os filhos jogar”, disse. Felipe Zappia acredita que a geração que proíbe é composta por pessoas que não tiveram muito contato com os videogames. O analista de sistemas André de Leiradella, pai de um menino de 4 anos, disse que fica a critério dos pais, e não da Justiça, quais títulos seus filhos podem jogar. Ele admite que os games violentos são atraentes, mas monitora as jogadas do pequeno Lucas. “O jogo violento é tão prejudicial quanto um filme violento, quanto você viver em uma família violenta, mas eu acho que, assim como no filme, a família tem que estar junto, ali acompanhando o jogo, explicando o que é certo, errado.”
Fonte: Globo.com

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