0
Educação:
Posted by Monk
on
20:15
Justiça ordena desocupação da reitoria da UnB
Por volta das 14h dessa quinta-feira (3), um grupo de cerca de cem estudantes da UnB ocupou o gabinete do reitor da instituição. Eles pediam a saída de Mulholland, para que possam ser realizadas com isenção as investigações sobre suposto uso irregular de recursos da UnB. Desde o início da ocupação, os estudantes afirmavam que não deixariam o gabinete até que o reitor e o vice-reitor, Edgar Nobuo Mamiya, pedissem demissão. A assessora do reitor da UnB, Dóris de Farias, descartou, ainda nessa quinta, a possibilidade de Timothy Mulholland se afastar do cargo. Os agentes da PF chegaram ao local por volta das 16h de quinta. A energia elétrica e a água do local foram cortados ainda na tarde de quinta.
Após uma assembléia realizada pelos estudantes nessa quinta-feira, ficou decidido que eles somente aceitavam negociar com a UnB se a água e a energia elétrica forem restabelecidas no prédio da reitoria. "Só sairemos [do gabinete do reitor] quando o reitor sair", garantiu o aluno Fábio Félix. Entre as reivindicações dos estudantes estão o afastamento do reitor e do vice-reitor; a criação de eleições paritárias imediatas para a reitoria (em que votos de alunos e professores tenham o mesmo peso); a abertura das contas da UnB; o fim dos convênios da UnB com as fundações; o leilão dos objetos do apartamento que era usado por Timothy Mulholland e a aplicação desse dinheiro nas instalações da Casa do Estudante; a construção de prédios para moradia estudantil.
Apartamento
A situação de Timothy Mulholland à frente da UnB começou a se complicar no início de fevereiro, quando a relação entre a instituição e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), ligada à UnB, foi questionada pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF). O MPDF acusou a Finatec de ter financiado, com recursos públicos, a reforma de um apartamento funcional, até então usado por Mulholland, bem como a compra de móveis e utensílios domésticos para o imóvel. O valor do gasto: R$ 470 mil, segundo o MPDF - sendo R$ 1 mil só para uma lixeira. A UnB diz que o gasto não ultrapassou os R$ 350 mil.
|
A juíza federal subtituta Cristiane Pederzolli, da 17ª Vara do Distrito Federal, ordenou, nesta sexta-feira (4), que os cerca de cem estudantes da Universidade de Brasília (UnB) que ocuparam, na tarde dessa quinta-feira (3), o gabinete do reitor da instituição, Timothy Mulholland, deixem o local. Policiais federais estão no prédio da reitoria e podem retirar os manifestantes à força a qualquer momento.
A ordem judicial foi recebida pelos alunos por volta das 16h desta sexta. Segundo a decisão, eles teriam uma hora para sair da sala. A PF, no entanto, disse ainda não ter recebido a decisão. Após receber a ordem judicial, a PF ainda tentará negociar com os estudantes. Se não houver acordo, aí sim eles devem entrar à força no prédio. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que já foi professor e reitor da instituição, está no local tentando encontrar uma saída pacífica para o imbróglio. "Conversei com os estudantes e eles querem água e luz. É o mínimo. Acho que eles têm razão. Primeiro água e luz, depois os estudantes conversam", disse o senador Cristovam Buarque.
Após falar com os alunos, Cristovam conversou com a imprensa, por volta das 18h45. Em seguida, ele, alguns parlamentares - como o deputado federal Augusto Carvalho (PPS-DF) - e um representante da PF foram tentar conversar com os estudantes.
Ainda segundo Cristovam, o reitor aceitou religar a energia elétrica e água do prédio da reitoria. O religamento ocorreu às 19h30 desta sexta.
Ocupação
Após falar com os alunos, Cristovam conversou com a imprensa, por volta das 18h45. Em seguida, ele, alguns parlamentares - como o deputado federal Augusto Carvalho (PPS-DF) - e um representante da PF foram tentar conversar com os estudantes.
Ainda segundo Cristovam, o reitor aceitou religar a energia elétrica e água do prédio da reitoria. O religamento ocorreu às 19h30 desta sexta.
Ocupação
Por volta das 14h dessa quinta-feira (3), um grupo de cerca de cem estudantes da UnB ocupou o gabinete do reitor da instituição. Eles pediam a saída de Mulholland, para que possam ser realizadas com isenção as investigações sobre suposto uso irregular de recursos da UnB. Desde o início da ocupação, os estudantes afirmavam que não deixariam o gabinete até que o reitor e o vice-reitor, Edgar Nobuo Mamiya, pedissem demissão. A assessora do reitor da UnB, Dóris de Farias, descartou, ainda nessa quinta, a possibilidade de Timothy Mulholland se afastar do cargo. Os agentes da PF chegaram ao local por volta das 16h de quinta. A energia elétrica e a água do local foram cortados ainda na tarde de quinta.
Reivindicações
Após uma assembléia realizada pelos estudantes nessa quinta-feira, ficou decidido que eles somente aceitavam negociar com a UnB se a água e a energia elétrica forem restabelecidas no prédio da reitoria. "Só sairemos [do gabinete do reitor] quando o reitor sair", garantiu o aluno Fábio Félix. Entre as reivindicações dos estudantes estão o afastamento do reitor e do vice-reitor; a criação de eleições paritárias imediatas para a reitoria (em que votos de alunos e professores tenham o mesmo peso); a abertura das contas da UnB; o fim dos convênios da UnB com as fundações; o leilão dos objetos do apartamento que era usado por Timothy Mulholland e a aplicação desse dinheiro nas instalações da Casa do Estudante; a construção de prédios para moradia estudantil.
Apartamento
A situação de Timothy Mulholland à frente da UnB começou a se complicar no início de fevereiro, quando a relação entre a instituição e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), ligada à UnB, foi questionada pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF). O MPDF acusou a Finatec de ter financiado, com recursos públicos, a reforma de um apartamento funcional, até então usado por Mulholland, bem como a compra de móveis e utensílios domésticos para o imóvel. O valor do gasto: R$ 470 mil, segundo o MPDF - sendo R$ 1 mil só para uma lixeira. A UnB diz que o gasto não ultrapassou os R$ 350 mil.
|
