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Caso Isabela:

Posted by Monk on 23:36
Caso Isabela:
Saiba o que o pai e a madrasta de Isabella disseram à polícia
Anna Carolina Jatobá diz que uma máquina fotográfica sumiu do apartamento. Ela afirmou também que o ciúme chegou a atrapalhar relação dela com a mãe da menina.




O Jornal Nacional teve acesso aos depoimentos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá sobre a morte da menina Isabella. Foram as primeiras declarações do casal à polícia, no dia seguinte ao crime.

No depoimento, a madrasta de Isabella diz que já teve muitos desentendimentos com a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, durante a relação com Alexandre. O motivo: ciúmes. Ela diz que os desentendimentos e as intrigas terminaram pouco tempo atrás e que o relacionamento entre ela e Isabella era ótimo. Eram apaixonadas e nunca precisou repreendê-la.
Sobre o dia do crime, a madrasta revela: eram 23h30 quando ela e Alexandre chegaram ao prédio com Isabella e os dois irmãos.
Alexandre estacionou. As três crianças dormiam. Ele levou primeiro Isabella para cima. Anna Carolina Jatobá ficou esperando na garagem, dentro do carro. Ela diz que não sabe ao certo quanto tempo Alexandre demorou no apartamento com Isabella, mas acredita que foi entre 10 e 12 minutos.
Em seguida, ela voltou à garagem e os dois subiram com os irmãos de Isabella. Quando chegaram ao apartamento, Alexandre colocou a chave para abrir a fechadura. Ele notou que a luz do corredor estava acesa, ao contrário do que ele havia deixado.
Ele perguntou por Isabella e Anna Carolina Jatobá respondeu que ela deveria ter caído da cama. Os dois viram que a menina não estava na cama e perceberam um rasgo na tela de proteção do quarto dos meninos.
Alexandre se aproximou e, ao olhar para baixo, viu a menina caída. Anna Jatobá diz que viu uma mancha de sangue na cama de um dos filhos e começou a gritar. As crianças acordaram. Ela também foi até a janela e viu Isabella no jardim.
Alexandre pediu que ela telefonasse imediatamente para o pai dele. Os dois desceram com as crianças e, ao chegar lá embaixo, Anna Jatobá gritou por socorro. Segundo ela, naquele dia, não notou a falta de nenhum objeto no apartamento.
No dia seguinte, percebeu que uma câmera digital havia desaparecido, mas não sabe se foi roubo ou não.

A versão de Alexandre Nardoni

O casal chegou ao edifício entre 23h10 e 23h20. Os filhos já estavam dormindo no carro. Ele subiu primeiro com Isabella e a mulher ficou no carro, com os outros dois filhos. Ele abriu a porta do apartamento, que estava trancada. Acendeu as luzes da entrada, do corredor e do quarto de Isabella.
Colocou a menina na cama e acendeu o abajur. Arrumou o quarto dos meninos ao lado e trancou a janela, que estava semi-aberta. Ele viu que a rede de proteção da janela estava intacta. Ficou cinco minutos dentro do apartamento, trancou a porta e voltou à garagem.
Pegou os meninos e, junto com a mulher, voltou ao apartamento. Abriu a porta que estava trancada. Entre descer e subir novamente, passaram-se quatro minutos. Percebeu que as luzes dos quartos de Isabella e dos meninos estavam acesas. Viu que a menina não estava na cama.
Entrou no quarto dos meninos, reparou que havia pingos de sangue no chão e que a janela estava totalmente aberta. A tela de proteção estava cortada em forma de círculo. Foi até a janela e viu a filha caída lá embaixo. Levou um choque e começou a gritar. Desceu pelo elevador social com Anna Carolina.
Tentou escutar o coração da filha e percebeu que ela respirava, mas não respondia. Ele então pediu aos vizinhos que chamassem o resgate.

A dor da família

Na edição de domingo passado do Fantástico, a tia e o avô de Isabella contaram detalhes da noite do crime e de como a tragédia abalou toda a família. Prisioneiros dentro de casa, essa é a rotina da família Nardoni desde que Alexandre e Anna Carolina Jatobá deixaram a prisão.
Nós não temos condição nem de ir ao cemitério nem de levar ninguém para visitá-los. Por isso, é muito difícil”, conta Antônio Nardoni, avô de Isabella.
Em entrevista exclusiva, o pai de Alexandre também falou de uma outra dor: a morte da neta. “Eu adorava estar com eles dentro de casa, então, para nós essa falta é muito difícil. A gente não tem condição ainda de falar disso. Desculpa”, confessa o avô da menina.
Antônio explicou porque o casal não chamou o resgate. “Talvez, algumas pessoas estranhem esse tipo de comportamento. Nós temos uma regra dentro de casa: quando você tem algum problema, você não pode oprimir”, ele explica.
A tia de Isabella, Cristiane, trancou o apartamento depois que a perícia saiu. “A caminha dela estava revirada de edredom. Provavelmente, quando a pessoa a tirou. O abajur dela estava aceso. Eu o apaguei e também o dos irmãos. Fechei o apartamento”, contou Cristiane.
No dia seguinte, Antônio esteve lá acompanhado de parentes. “Na verdade, eu estive lá muito rápido e precisei de autorização para poder entrar, porque as crianças não tinham roupa. Portanto, não demoramos muito”.
Foi a última vez que alguém da família pisou no apartamento. A intenção de todos é não voltar mais. Os dois apartamentos que os Nardoni têm no prédio serão vendidos e, pelo menos por enquanto, Alexandre Anna Carolina Jatobá vão permanecer na casa de parentes. “Meu filho está totalmente disponível à investigação, todas as vezes que ele for chamado para depor, porque, me nenhum momento, eles criaram nenhum obstáculo. Nós, como família, também não criamos. Até agora, não há nenhum dado concreto ou motivo que diga que eles mataram a Isabella”, declarou Antônio Nardoni.
Foi um dos motivos para o desembargador Caio Canguçu de Almeida determinar a libertação do casal. Com uma carreira respeitável no judiciário paulista, ele disse que seria um erro ceder à pressão da opinião pública. “A minha decisão vem no decorrer do fato e de não existir nenhum sinal de que os dois investigados estivessem pretendendo impedir que a polícia esclarecesse os fatos”, afirma o desembargador.
Dezesseis dias depois do crime, permanece o mistério: afinal, quem matou Isabella Nardoni?
Como todo pai, a primeira coisa que se espera é que seja realmente provada a inocência do meu filho. Que se prove tudo e se não foram eles, eles não teriam motivação. As investigações devem identificação segura de que ele não foi o autor desse crime. Para que nós, do judiciário, possamos dar a resposta que todos esperam de nós”, complementa o desembargador.
Fonte: jornalnacional.globo.com

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